sexta-feira, 14 de junho de 2013

ESCOLARES

A idade escolar caracteriza uma fase de transição entre infância e adolescência e compreende crianças na faixa etária de 7 a 10 anos. 
Esse é um período de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante, com ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência. 

Observa-se também uma crescente independência da criança, momento em que começa a formar novos laços sociais com adultos e outros indivíduos da mesma idade. Essas transformações, aliadas ao processo educacional, são
determinantes para o aprendizado em todas as áreas e o estabelecimento de novos hábitos. Além da grande importância da família, a escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde (física e psíquica) da criança.


Dependendo do padrão dietético e da atividade física, a longo prazo as crianças podem modificar a composição do seu corpo, com risco de desenvolvimento de obesidade ou aumento da gordura corporal. A qualidade e a quantidade da alimentação são determinantes para a manutenção da velocidade de crescimento, que deve ser constante e adequada para que o estirão da puberdade e a saúde física e psicossocial sejam satisfatórios.

O consumo de refrigerantes, sucos artificiais e bebidas à base de soja nos horários das refeições e dos lanches pode comprometer a ingestão de cálcio. O consumo regular de refrigerantes fosfatados (bebidas tipo cola) pode contribuir para aumento da excreção urinária de cálcio, elevando suas necessidades e contribuindo para comprometimento da massa óssea.
À deficiência da ingestão de cálcio, soma-se o consumo de alimentos ricos em
gordura, sal e açúcares, tais como “salgadinhos”, bolachas, lanches, produtos panificados que contêm gorduras trans e saturada, que aumentam o risco de desenvolvimento de doença cardiovascular.

O cardápio deve respeitar os hábitos da família e as características regionais. esquema alimentar deve ser composto por cinco refeições diárias, incluindo: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

A seguir são apresentadas, resumidamente, as diretrizes gerais para a alimentação do escolar:

1. Ingestão de nutrientes para prover energia e nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento, ao desenvolvimento e à prática de atividades físicas.

2. Alimentação variada, que inclua todos os grupos alimentares, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas.

3. Priorizar o consumo de carboidratos complexos em detrimento dos simples (inferior a 25% do valor energético total).

4. Consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes (>5 porções/dia).  


5. Consumo restrito de gorduras saturadas (30% do valor energético total): <2% de trans (para profilaxia de aterosclerose na vida adulta), 10% de monoinsaturadas, <300 mg de colesterol e 10% de poliinsaturadas (n-6:n-3; 5 a 10:1). 

6. Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por semana. 

7. Controle da ingestão de sal (<6 g/dia) para prevenção de hipertensão arterial.

8. Consumo apropriado de cálcio (cerca de 600 ml de leite/dia e/ou derivados)
para formação adequada da massa óssea e prevenção da osteoporose na vida
adulta.

9. Compreender a importância de ler e interpretar corretamente os rótulos de alimentos industrializados.

10. Controlar o ganho excessivo de peso pela adequação da ingestão de alimentos ao gasto energético e pelo desenvolvimento de atividade física regular.

11. Evitar a substituição de refeições por lanches.


12. Estimular a prática de atividade física.

13. Reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias (TV, videogame e computador). Limitar o tempo de assistir TV em 2 horas/dia ou menos.

14. Incentivar hábitos alimentares e estilo de vida adequados para toda a família.



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